por Mário Megatallica
Desde que os antigos estúdios de gravação analógica - com seus instrumentos acústicos, microfones condensadores, amplificadores valvulados, salas com tratamento acústico impecável, etc. - foram parar dentro dos computadores e os softwares de produção musical se transformaram em verdadeiras fábricas digitais de música, a questão da escolha do programa que se poderia utilizar para colocar o estúdio em funcionamento dependia muito do sistema operacional que o produtor/músico desejaria utilizar em sua máquina.
Uma das questões principais acerca do sistema operacional a ser utilizado era a compatibilidade com o software de produção que o produtor desejava usar em suas produções. Como 90% dos PCs do mundo usam o SO Windows, esta opção era óbvia, logo, usuários deste SO nunca tiveram problemas de compatibilidade com seu software, já que tanto a Microsoft quanto os fabricantes de hardware e softwares de produção oferecem atualizações gratuitas de seus drivers e seus programas.
Essa questão começou a mudar depois da popularização do ProTools, que inicialmente foi concebido para funcionar com o MacOS, sistema operacional dos famosos Machintosh da Apple. Quem conhece um Mac sabe muito bem quais são as suas vantagens em relação ao Windows; além de ter alta resolução de imagem, segurança e estabilidade invejáveis, o MacOS suporta qualquer tipo de software "robusto", sem perda de performance. Por isso foi escolhido para conceber o ProTools. Logo, os usuários de Windows foram inicialmente excluídos da experiência de utilizar o maior software de produção musical já inventado.
Como essa situação não beneficiava ninguém - nem a Digidesign (fabricante do ProTools) nem usuários de Windows - esse problema de compatibilidade foi resolvido com a criação de uma versão do ProTools que trabalha com Windows - o ProTools M-Powered - através do uso de placas de som da M-Audio. Desde então os clientes de Bill Gates puderam sentir o gostinho de fazer produções com algumas das melhores ferramentas de áudio do mundo (pelo menos em partes, já que as versões para Windows possuem menos plugins e menos capacidade de processamento e digitalização de áudio que a original para MacOS).
Praticamente todos os programas de produção musical do mercado atuais funcionam com estes dois sistemas operacionais. Isto quer dizer que outros sistemas menos usados em estúdio ficaram marginalizados em relação ao uso destes softwares - o Linux, por exemplo. Este sistema reúne algumas das melhores características do MacOS e do Windows, no entanto, ainda não é muito popular e por isso mesmo quase não tem opções de software profissional para produção musical. Pelo menos não tinha até o surgimento do Ubuntu Studio, programa criado para usuários do Linux Ubuntu, que veio para preencher essa lacuna de mercado.
O Ubuntu Studio (foto) ainda é pouco conhecido - até mesmo por usuários de Linux - mas quem trabalha com ele afirma que atende às necessidades de qualquer produtor profissional, pois possui muitas das ferramentas mais utilizadas no cotidiano de um bom estúdio. No site de seus criadores é possível ver anúncios que afirmam que sua plataforma de produção - o software de edição e gravação de áudio e vídeo Ardour - possui ferramentas similares às do ProTools, garantindo a mesma qualidade profissional do software da Digidesign. O Ubuntu Studio já está na versão 9.1. e é "open source": gratuito e com seus códigos abertos. Para saber mais sobre o Ubuntu Studio basta clicar aqui.
Outro software que ganhou versão para Linux foi o Energy XT (foto), da norueguesa XT software. Porém, esta empresa foi mais longe: criou um dos únicos programas compatíveis com Windows, MacOS e Linux do mercado, transformando-o num dos mais versáteis do mundo e, obviamente, uma boa opção para qualquer usuário, independente do sistema operacional utilizado. E não só a sua versatilidade operacional chama atenção; a prova disto é que o Energy XT foi considerado um dos dez melhores produtos da feira NAMM 2009, uma das feiras musicais mais importantes do mundo. A base do seu sucesso é a combinação entre versatilidade de sistema operacional, qualidade de áudio, ferramentas de produção poderosas e a facilidade de utilizálo. Este último aspecto inclusive é o ponto diferencial para o fabricante, que afirma em seu site que "o Energy XT é pára músicos e não para técnicos de som". Algumas de suas características são:
.funciona com qualquer sistema operacional (Windows, MacOS e Linux);
.funciona como programa (stand-alone) ou como plugin;
.exporta projetos em formato .mp3;
.possui mixer virtual com número ilimitado de canais de áudio, Midi ou efeitos;
.possui rack virtual de efeitos totalmente configurável, ideal para apresentações ao vivo;
.possui sampler de instrumentos e uma "drum machine", além de suporte para instrumetos virtuais VST;
.possui suporte para efeitos VST, além de efeitos internos, como EQ, chorus, reverb, simuladores de amps de guitarra e baixo, etc.;
.exporta seus canais de áudio para outras DAWs como Logic e ProTools de forma rápida e flexível;
.possui muitas funções de processamento de áudio como normalize, trim, fade in/out, reverse, etc.
Para saber mais sobre o Energy XT basta clicar aqui.
Conlui-se que, devido às necessidades do mercado em termos de flexibilidade de uso de sistemas operacionais, os fabricantes de softwares têm demonstrado maleabilidade crescente em relação à criação de softwares que funcionem com vários desses sistemas, principalmente Windows, MacOS e Linux, e até mesmo sistemas pouco populares como este último possuem uma versão profissional de software de produção de áudio. O que não quer dizer que basta ser compatível; não basta ser gratuito e funcionar bem - tem que ser bom, profissional e oferecer alta qualidade de produção. Logo, parece que pelo menos o problema de compatibilidade com o sistema operacional do seu estúdio está sendo resolvido. A próxima etapa então seria escolher um hardware de áudio compatível com o seu sistema operacional e com o seu software - mas isto é assunto para outra conversa...
Desde que os antigos estúdios de gravação analógica - com seus instrumentos acústicos, microfones condensadores, amplificadores valvulados, salas com tratamento acústico impecável, etc. - foram parar dentro dos computadores e os softwares de produção musical se transformaram em verdadeiras fábricas digitais de música, a questão da escolha do programa que se poderia utilizar para colocar o estúdio em funcionamento dependia muito do sistema operacional que o produtor/músico desejaria utilizar em sua máquina.
Uma das questões principais acerca do sistema operacional a ser utilizado era a compatibilidade com o software de produção que o produtor desejava usar em suas produções. Como 90% dos PCs do mundo usam o SO Windows, esta opção era óbvia, logo, usuários deste SO nunca tiveram problemas de compatibilidade com seu software, já que tanto a Microsoft quanto os fabricantes de hardware e softwares de produção oferecem atualizações gratuitas de seus drivers e seus programas.
Essa questão começou a mudar depois da popularização do ProTools, que inicialmente foi concebido para funcionar com o MacOS, sistema operacional dos famosos Machintosh da Apple. Quem conhece um Mac sabe muito bem quais são as suas vantagens em relação ao Windows; além de ter alta resolução de imagem, segurança e estabilidade invejáveis, o MacOS suporta qualquer tipo de software "robusto", sem perda de performance. Por isso foi escolhido para conceber o ProTools. Logo, os usuários de Windows foram inicialmente excluídos da experiência de utilizar o maior software de produção musical já inventado.
Como essa situação não beneficiava ninguém - nem a Digidesign (fabricante do ProTools) nem usuários de Windows - esse problema de compatibilidade foi resolvido com a criação de uma versão do ProTools que trabalha com Windows - o ProTools M-Powered - através do uso de placas de som da M-Audio. Desde então os clientes de Bill Gates puderam sentir o gostinho de fazer produções com algumas das melhores ferramentas de áudio do mundo (pelo menos em partes, já que as versões para Windows possuem menos plugins e menos capacidade de processamento e digitalização de áudio que a original para MacOS).
Praticamente todos os programas de produção musical do mercado atuais funcionam com estes dois sistemas operacionais. Isto quer dizer que outros sistemas menos usados em estúdio ficaram marginalizados em relação ao uso destes softwares - o Linux, por exemplo. Este sistema reúne algumas das melhores características do MacOS e do Windows, no entanto, ainda não é muito popular e por isso mesmo quase não tem opções de software profissional para produção musical. Pelo menos não tinha até o surgimento do Ubuntu Studio, programa criado para usuários do Linux Ubuntu, que veio para preencher essa lacuna de mercado.
O Ubuntu Studio (foto) ainda é pouco conhecido - até mesmo por usuários de Linux - mas quem trabalha com ele afirma que atende às necessidades de qualquer produtor profissional, pois possui muitas das ferramentas mais utilizadas no cotidiano de um bom estúdio. No site de seus criadores é possível ver anúncios que afirmam que sua plataforma de produção - o software de edição e gravação de áudio e vídeo Ardour - possui ferramentas similares às do ProTools, garantindo a mesma qualidade profissional do software da Digidesign. O Ubuntu Studio já está na versão 9.1. e é "open source": gratuito e com seus códigos abertos. Para saber mais sobre o Ubuntu Studio basta clicar aqui.
Outro software que ganhou versão para Linux foi o Energy XT (foto), da norueguesa XT software. Porém, esta empresa foi mais longe: criou um dos únicos programas compatíveis com Windows, MacOS e Linux do mercado, transformando-o num dos mais versáteis do mundo e, obviamente, uma boa opção para qualquer usuário, independente do sistema operacional utilizado. E não só a sua versatilidade operacional chama atenção; a prova disto é que o Energy XT foi considerado um dos dez melhores produtos da feira NAMM 2009, uma das feiras musicais mais importantes do mundo. A base do seu sucesso é a combinação entre versatilidade de sistema operacional, qualidade de áudio, ferramentas de produção poderosas e a facilidade de utilizálo. Este último aspecto inclusive é o ponto diferencial para o fabricante, que afirma em seu site que "o Energy XT é pára músicos e não para técnicos de som". Algumas de suas características são:
.funciona com qualquer sistema operacional (Windows, MacOS e Linux);
.funciona como programa (stand-alone) ou como plugin;
.exporta projetos em formato .mp3;
.possui mixer virtual com número ilimitado de canais de áudio, Midi ou efeitos;
.possui rack virtual de efeitos totalmente configurável, ideal para apresentações ao vivo;
.possui sampler de instrumentos e uma "drum machine", além de suporte para instrumetos virtuais VST;
.possui suporte para efeitos VST, além de efeitos internos, como EQ, chorus, reverb, simuladores de amps de guitarra e baixo, etc.;
.exporta seus canais de áudio para outras DAWs como Logic e ProTools de forma rápida e flexível;
.possui muitas funções de processamento de áudio como normalize, trim, fade in/out, reverse, etc.
Para saber mais sobre o Energy XT basta clicar aqui.
Conlui-se que, devido às necessidades do mercado em termos de flexibilidade de uso de sistemas operacionais, os fabricantes de softwares têm demonstrado maleabilidade crescente em relação à criação de softwares que funcionem com vários desses sistemas, principalmente Windows, MacOS e Linux, e até mesmo sistemas pouco populares como este último possuem uma versão profissional de software de produção de áudio. O que não quer dizer que basta ser compatível; não basta ser gratuito e funcionar bem - tem que ser bom, profissional e oferecer alta qualidade de produção. Logo, parece que pelo menos o problema de compatibilidade com o sistema operacional do seu estúdio está sendo resolvido. A próxima etapa então seria escolher um hardware de áudio compatível com o seu sistema operacional e com o seu software - mas isto é assunto para outra conversa...
Comentários