Aposentadoria do CD ?
por Mario Megatallica
O Compact Disc, mais conhecido como CD, está em vias de ser aposentado. Bem, pelo menos como forma de comercialização de música, já que para outras aplicações (como armazenamento de dados, reprodução de áudio e vídeo, etc.) ele deverá continuar sendo utilizado junto com outros dispositivos de armazenamento portátil, como o pendrive e o DVD. O CD, como o conhecemos atualmente, é um dispositivo baseado na leitura a laser de dados que são gravados na superfície do mesmo e tem como capacidade de armazenamento 700 megabites ou 80 minutos de áudio; ele suporta uma resolução de qualidade de áudio de 44KHz e 16 bits - bem inferior à resolução do DVD (Digital Video Disc), que é de 96KHz e 24 bits, sendo que este também tem capacidade de armazenamento muito superior a do CD - 4.700 megabites, em média (no caso dos chamados "Dual Layer", os dois lados podem ser utilizados, fazendo com que essa capacidade dobre, chegando a 9.400 megabites ou 9.4 gigabites).
No que tange aos valores, hoje podemos encontrar no mercado CDs graváveis por até R$1,00 a unidade, enquanto que um DVD pode ser encontrado por R$2,50 em média; ou seja, pelo preço de dois ou três CDs você leva um DVD com capacidade de armazenamento quase 7 vezes superior, o que o tornou bastante popular entre usuários de computador e vendedores informais de música e vídeo. A indústria fonográfica percebeu essa diferença nos últimos anos e agora está pensando em aposentar o CD como meio de venda de música, principalmente devido ao surgimento de mídias como o DVD - que tem o dobro da qualidade de som de um CD e armazena até 7 vezes mais informações que ele - e, lógico, à revolução causada pelos programas de compartilhamento de música em formato MP3 via Internet, que permitiram que milhões de usuários da rede mundial tivessem acesso gratuito ao conteúdo dos CDs de artistas vendidos a um preço muito alto nas lojas especializadas.
A pirataria também foi um duro golpe no bolso de artistas e gravadoras e empresas ligadas a produção de álbuns, que agora correm para encontrar alternativas para sair dessa situação. Mas, se o comércio de música não será mais feito por meio de CDs, qual será o meio utilizado então? Está sim é a maior dificuldade no momento: encontrar um meio ou uma mídia que permita a venda de música com mais qualidade, maior acesso e - o principal - por um preço mais baixo aos fãs das bandas e artistas. Enquanto a indústria fonográfica pensa, algumas empresas e artistas já colocam algumas idéias em prática. A empresa Apple, fabricante do Mackintosh e dos famosos Ipods criou um sistema chamado Itunes que funciona como um player musical e "loja" virtual; através dele você pode adquirir faixas musicais de certos artistas num formato de arquivo que funciona apenas no Itunes, pagando por faixa um valor em torno de 99 centavos de dólar (pouco menos de 2 Reais). Fora essa e outras iniciativas semelhantes, a que mais causou furor no mercado recentemente foi a da banda Radiohead, que resolveu lançar seu último álbum, o In Rainbows (2007) de forma digital, pelo site oficial da banda na Internet, sendo que o fã poderia comprar cada faixa separadamente e pelo valor que quisesse pagar, tendo a possibilidade de até mesmo não pagar nada! Algo semelhante fez o nine Inch Nails com seu último álbum, o Ghosts I-IV, fazendo o mesmo que o Radiohead e indo mais longe, disponibilizando algumas trilhas da seção original da gravação das músicas para os fãs, permitindo que estes fizessem então a sua própria mixagem do álbum!! Porém, o caso mais intrigante de todos promete ser o do Metallica, que há cerca de sete anos atrás travou uma batalha contra o Napster (programa de compartilhamento de mp3 que originou milhares de outros) e sempre lutou contra a pirataria digital feita através dos programas de compartilhamento mas que, de acordo com uma declaração recente do baterista Lars Ulrich, pretende lançar seu próximo álbum no formato digital - ou seja, mp3 - através do site da banda, pondo fim ao contrato com a gravadora Warner. Ele diz: 'Nós estamos vendo como podemos abranger tudo. Nós queremos ser tão livres o quanto pudermos. Temos observado o RADIOHEAD e Trent Reznor (do NINE INCH NAILS) e em 27 anos ou o tempo que dure até o próximo álbum, vamos tentar todas as possibilidades que a Internet nos oferece'*. Quem diria, hein, Mr. Ulrich? Eu mesmo decidi disponibilizar as faixas do primeiro álbum do meu projeto de e-music, o Demodex Project, gratuitamente, no site oficial do mesmo, depois de ver muitos amigos e fãs passarem as músicas do CD para os seus computadores ou mp3 players e jogar o CD no lixo em seguida...
Seja qual for a solução para a venda de música no futuro, não há como negar que realmente o CD será aposentado, assim como as antigas fitas K7 e os LPs de Vinil, seja pela questão da qualidade de áudio inferior que ele oferece, seja pelo alto valor injustificável que o CD de um artista ou banda possui nas lojas atualmente ou seja pela questão da praticidade e da conveniência oferecidas pela Internet. Uma coisa é certa: a tecnologia digital está tomando conta do mercado, em vários níveis, e será extremamente importante trabalhar com os novos padrões de áudio e vídeo deste mercado; logo, o novo formato deverá garantir mais qualidade, maior acesso e um menor preço aos fãs e consumidores em geral.
No que tange aos valores, hoje podemos encontrar no mercado CDs graváveis por até R$1,00 a unidade, enquanto que um DVD pode ser encontrado por R$2,50 em média; ou seja, pelo preço de dois ou três CDs você leva um DVD com capacidade de armazenamento quase 7 vezes superior, o que o tornou bastante popular entre usuários de computador e vendedores informais de música e vídeo. A indústria fonográfica percebeu essa diferença nos últimos anos e agora está pensando em aposentar o CD como meio de venda de música, principalmente devido ao surgimento de mídias como o DVD - que tem o dobro da qualidade de som de um CD e armazena até 7 vezes mais informações que ele - e, lógico, à revolução causada pelos programas de compartilhamento de música em formato MP3 via Internet, que permitiram que milhões de usuários da rede mundial tivessem acesso gratuito ao conteúdo dos CDs de artistas vendidos a um preço muito alto nas lojas especializadas.
A pirataria também foi um duro golpe no bolso de artistas e gravadoras e empresas ligadas a produção de álbuns, que agora correm para encontrar alternativas para sair dessa situação. Mas, se o comércio de música não será mais feito por meio de CDs, qual será o meio utilizado então? Está sim é a maior dificuldade no momento: encontrar um meio ou uma mídia que permita a venda de música com mais qualidade, maior acesso e - o principal - por um preço mais baixo aos fãs das bandas e artistas. Enquanto a indústria fonográfica pensa, algumas empresas e artistas já colocam algumas idéias em prática. A empresa Apple, fabricante do Mackintosh e dos famosos Ipods criou um sistema chamado Itunes que funciona como um player musical e "loja" virtual; através dele você pode adquirir faixas musicais de certos artistas num formato de arquivo que funciona apenas no Itunes, pagando por faixa um valor em torno de 99 centavos de dólar (pouco menos de 2 Reais). Fora essa e outras iniciativas semelhantes, a que mais causou furor no mercado recentemente foi a da banda Radiohead, que resolveu lançar seu último álbum, o In Rainbows (2007) de forma digital, pelo site oficial da banda na Internet, sendo que o fã poderia comprar cada faixa separadamente e pelo valor que quisesse pagar, tendo a possibilidade de até mesmo não pagar nada! Algo semelhante fez o nine Inch Nails com seu último álbum, o Ghosts I-IV, fazendo o mesmo que o Radiohead e indo mais longe, disponibilizando algumas trilhas da seção original da gravação das músicas para os fãs, permitindo que estes fizessem então a sua própria mixagem do álbum!! Porém, o caso mais intrigante de todos promete ser o do Metallica, que há cerca de sete anos atrás travou uma batalha contra o Napster (programa de compartilhamento de mp3 que originou milhares de outros) e sempre lutou contra a pirataria digital feita através dos programas de compartilhamento mas que, de acordo com uma declaração recente do baterista Lars Ulrich, pretende lançar seu próximo álbum no formato digital - ou seja, mp3 - através do site da banda, pondo fim ao contrato com a gravadora Warner. Ele diz: 'Nós estamos vendo como podemos abranger tudo. Nós queremos ser tão livres o quanto pudermos. Temos observado o RADIOHEAD e Trent Reznor (do NINE INCH NAILS) e em 27 anos ou o tempo que dure até o próximo álbum, vamos tentar todas as possibilidades que a Internet nos oferece'*. Quem diria, hein, Mr. Ulrich? Eu mesmo decidi disponibilizar as faixas do primeiro álbum do meu projeto de e-music, o Demodex Project, gratuitamente, no site oficial do mesmo, depois de ver muitos amigos e fãs passarem as músicas do CD para os seus computadores ou mp3 players e jogar o CD no lixo em seguida...
Seja qual for a solução para a venda de música no futuro, não há como negar que realmente o CD será aposentado, assim como as antigas fitas K7 e os LPs de Vinil, seja pela questão da qualidade de áudio inferior que ele oferece, seja pelo alto valor injustificável que o CD de um artista ou banda possui nas lojas atualmente ou seja pela questão da praticidade e da conveniência oferecidas pela Internet. Uma coisa é certa: a tecnologia digital está tomando conta do mercado, em vários níveis, e será extremamente importante trabalhar com os novos padrões de áudio e vídeo deste mercado; logo, o novo formato deverá garantir mais qualidade, maior acesso e um menor preço aos fãs e consumidores em geral.
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