Saiba mais sobre: Programas de Produção Musical
Estou postando aqui - depois de receber várias perguntas a respeito - uma excelente matéria de autoria do mestre do home studio, Sergio Izeckson, sobre os programas de produção musical mais usados na atualidade. Leia com bastante atenção as características de cada um e saiba escolher aquele que atende melhor as suas necessidades e as suas habilidades na hora de gravar seu material.
Programas para Produção Musical
por Sergio Izeckson*
A oferta de software para produção musical parece infinita, tantas são as freqüentes inovações. Entre gravadores, seqüenciadores, instrumentos e efeitos virtuais, editores de áudio, de partituras, de loops e aqueles que prometem fazer tudo, o usuário fica mesmo perdido na hora de selecionar o que usar. Vejamos um panorama dos programas no mercado agrupados em suas categorias para escolhermos, em cada uma, os mais adequados às nossas necessidades e possibilidades.
ESTAÇÕES DE TRABALHO
Base de qualquer sistema de gravação ou produção, também chamados de seqüenciadores de áudio e MIDI ou ainda de DAW (digital audio workstation), combinam gravação multipista de áudio, produção de arranjos com instrumentos eletrônicos ou virtuais através de MIDI, seqüenciamento de loops, diversos modos de edição, processamento de efeitos, mixagem, automação dos controles, masterização e conversão de arquivos. Cada programa tem sua vocação, ou uma ênfase maior em certos recursos, como gravação de bandas ou produção de música eletrônica. Uns serão mais úteis para compositores, outros para técnicos de gravação ou para DJs.
Cubase, da Steinberg. Gravador multipista, seqüenciador MIDI, mesa de mixagem, o Cubase tem muitos instrumentos virtuais e processadores de efeitos. Mais processadores e sintetizadores podem ser adicionados pelo usuário. Principais recursos: total integração do estúdio, edição gráfica de todos os parâmetros em tempo real, ferramentas de edição e de impressão de partituras.
Digital Performer, da MOTU. Seus recursos incluem gravação, edição, mixagem, processamento e masterização em qualquer formato de surround. Contém dezenas de plug-ins de alta qualidade. Suporta as interfaces de áudio da própria MOTU e o Pro Tools Mix e HD. Só roda em Mac.
Live, da Ableton. Favorito dos produtores de música eletrônica, é um seqüenciador de áudio que podemos tocar como se fosse um instrumento. Toca áudio de várias fontes distintas simultaneamente, ajustando o andamento em tempo real sem mudar a afinação, tudo perfeitamente sincronizado. Podemos tocar sons de sampler com o teclado, o mouse ou um instrumento controlador MIDI. Você pode arrastar arquivos de áudio e inseri-los na seqüência sem interromper a audição. Tudo o que se faz é gravado e pode ser editado mais tarde.
Logic, da Apple. Um dos mais antigos e completos sistemas de gravação e seqüenciamento de áudio e MIDI, renomado por seu tempo firme, sua flexibilidade e sua edição em tempo real. Com muitos plug-ins incluídos, só roda em computadores Macintosh.
Nuendo, da Steinberg. Inclui várias opções de hardware. O programa apresenta poderosos recursos de edição de áudio e vídeo, som surround, processamento e mixagem. São 200 canais de áudio simultâneos com diversas taxas de amostragem, suporte aos plug-ins VST e DirectX, diversos efeitos, compressão dinâmica e equalização, mixagem surround automática de todos os parâmetros, auto-fades e auto-crossfades.
Pro Tools, da Digidesign. Famoso gravador multipista com mixagem surround, recursos avançados de edição e seqüenciador MIDI. A versão HD processa simultaneamente muitos plug-ins TDM e RTAS com grande estabilidade graças ao seu hardware (poderosas placas aceleradoras) que, devido ao custo, não cabe no orçamento da maioria dos home studios brasileiros. Das versões mais populares, o Pro Tools LE se parece bastante com o HD, mas é limitado a 32 pistas de áudio e não utiliza os plug-ins TDM nem os recursos de processamento em hardware, dependendo bem mais do computador. Compatível com plug-ins RTAS, só funciona com as interfaces da Digidesign, como 003 e M-Box. Já o Pro Tools M-Powered é parecido com o LE, mas só roda nas placas da M-Audio.
Sonar, da Cakewalk. O mais popular conjunto de ferramentas avançadas para gravação, edição e mixagem de áudio digital, loops e arranjos MIDI, inclui mesa de mixagem estéreo e surround com automação de todos os recursos, infinitas pistas de áudio, edição gráfica de todos os parâmetros, diversos instrumentos e efeitos virtuais. Suporta driver ASIO, plug-ins VST e DirectX e roda em PC num grande número de placas e interfaces de som.
GRAVADORES MULTIPISTA
Sem seqüenciador MIDI e, em geral, nem mesa de mixagem, substituem as estações de trabalho com algumas limitações.
Acid Pro, da Sony (PC). Baseado em loops, permite ao usuário criar canções, remixar pistas, desenvolver arranjos, sonorizar vídeos e produzir música para websites e animações em Flash. O Acid é uma ferramenta revolucionária, intuitiva e fácil de usar. Usa ilimitadas pistas de áudio e sincroniza loops de diferentes andamentos em instantes.
Audition, da Adobe (PC). O antigo CoolEdit, um poderoso editor, muito querido em estúdios de gravação, emissoras de rádio comerciais e comunitárias, laboratórios de áudio em universidades e outros. Tem seqüenciador MIDI, aceita plug-ins VSTi, edição multipista, restauração e efeitos de áudio, composição musical baseada em loops, queima de CDs e outros.
Samplitude Professional, da Magix (PC). Suporta drivers ASIO, MME e WDM, os plug-ins DirectX e VST com compensação automática da latência. Suporta também instrumentos VST e tem alguns recursos de seqüenciamento MIDI. A mesa de mixagem tem fluxo de sinal variável e mixa em surround 5.1.
Saw Studio, da RML Labs (PC). Gravador multipista com mais de 10 anos no mercado de áudio para Windows, o Saw Studio toca até 72 pistas de 24 bits num Pentium 4 de 2.0 GHz, dependendo somente do HD utilizado.
Vegas, da Sony (PC). Uma opção de última geração para edição de vídeo, produção de áudio, composição e conversão de arquivos no PC, com sua interface intuitiva e ferramentas poderosas de produção de vídeo e áudio.
ESTÚDIO MIDI
Sem gravar áudio, o programa dispõe de todos os recursos de MIDI.
Reason, da Propellerhead (PC/Mac). Um estúdio virtual completo e poderoso, com samplers e sintetizadores, mesas de som, baterias eletrônicas, uma máquina de loops, efeitos e um seqüenciador MIDI que atua em tempo real. Não aceita plug-ins, mas interage totalmente com as estações de trabalho, como Pro Tools e Sonar, através do recurso ReWire. A aparência do programa é a de um estúdio analógico.
EDITORES DE ÁUDIO
São perfeitos para complementar as estações de trabalho.
Melodyne, da Celemony (PC/Mac). Analisa a afinação e o tempo de um arquivo de áudio e pode mudar seus parâmetros musicais sem influenciar o caráter da gravação original, permitindo mudar melodias e harmonias inteiras de uma maneira antes só possível em arquivos MIDI. O Melodyne extrai as freqüências da afinação e do ritmo e cria uma área onde toca o material do áudio. Qualquer modificação nesse material é interpretada pelo programa de uma maneira inteligente e o resultado soa sempre natural. Trabalhar com o Melodyne é tão fácil quanto editar notas num seqüenciador MIDI. Pode ser aberto como programa avulso ou como plug-in.
Max/MSP, da Cycling ’74 (Mac). Oferece cerca de 400 objetos que fazem tudo, de gravação multipista em hard disk a síntese granular e processamento no domínio espectral. Em adição ao conjunto de objetos para síntese, sampler, filtragem e análise, o Max/MSP oferece objetos de áudio na interface com o usuário para desenho e edição das formas de onda.
ReCycle, da Propellerhead (PC/Mac). Editor de loops de audio. Analisa um arquivo de áudio com um groove ou uma ‘levada’, dividindo-o em toques chamados slices (fatias) e cria um arquivo REX ou RX2 com uma seqüência MIDI baseada no ritmo da levada original e um banco de sons para sampler contendo os elementos de áudio a partir dos slices. Tocando o arquivo RX2 no módulo Dr. Rex do Reason, ou o arquivo MIDI no seqüenciador, disparando os sons num sampler, quantizamos os tempos, alteramos andamentos e afinações ou trocamos os sons.
Sound Forge, da Sony (PC). Contém um conjunto poderoso de processadores, ferramentas e efeitos para edição de áudio, gravação, restauração, processamento de efeitos e conversão de arquivos WAV, AIF, WMA, RM, AVI, MOV, MPEG, MP3, OGG e outros. Tem dezenas de efeitos e aceita plug-ins DirectX e VST. A edição e a operação em geral são bem facilitadas pela interface clara e familiar aos usuários de Windows.
WaveLab, da Steinberg (PC). O mais rápido dos programas de edição e masterização de áudio para Windows. Combinando editores fáceis de usar com uma rica coleção de recursos, tem poderosas ferramentas de edição e processadores de efeitos. Suporta samples, ASIO, WDM e vários formatos de áudio.
MASTERIZAÇÃO DE CDs
Esses programas, além de queimarem CDs, têm ferramentas para otimizar a qualidade do áudio de cada faixa.
CD Architect, da Sony (PC). Intuitivo e fácil de usar, aceita arquivos WAV, MP3 e outros. Com recursos como crossfade, envelopes, plug-ins VST e DirectX, queima de CDs red book, inserção de ISRC, é uma ferramenta bem simples e, ao mesmo tempo, completa para masterização profissional em home studios.
Spark, da TC Works (Mac). Ambiente de masterização e edição que suporta gravação e reprodução em até 32 bits e 192 kHz. Ele converte arquivos MP3 e suporta AIFF, SDII, WAV, ASIO, VST, MAS e Quick Time, além dos plug-ins TDM. O Spark inclui ferramentas de restauração, como DeNoiser e DeClicker e o conjunto de plug-ins Native Bundle Mastering. Podem ser usados plug-ins TDM e VST simultaneamente.
EFEITOS
Geralmente, os efeitos são plug-ins, acessórios dos programas citados acima. As coleções de efeitos mais usadas são as da Waves, da Steinberg e da Native Instruments. GuitarRig e Amplitube vêm substituindo muitas pedaleiras e amplificadores de guitarra. Autotune e Melodyne, corretores de afinação, também são muito usados. Outras marcas muito respeitadas de plug-ins de áudio são: Drumagog, Ampeg SVX, Classik Studio Reverb, T-RackS, DSP/FX, Sony e Focusrite Saffire. A lista é tão grande que merece outro artigo. A maioria dos modelos citados tem versões nas tecnologias VST, DirectX e RTAS.
INSTRUMENTOS
Novamente, uma lista extensa. Devido ao limite de espaço, citamos aqui os principais modelos, que serão analisados posteriormente em outro artigo: Adictive Drummer, EZDrummer, BFD, Stylus, Broomstick Bass, Trilogy, Majestic Bass, B4, Moog Modular, Tassman, FM8, Garritan Jazz Big Band, Akoustik Piano, Kontakt, Giga Studio, Atmosphere, Ivory, Reaktor, Massive, Absynth, Battery, Bandstand, Elektrik Piano, Synthetic Drums, Miroslav Philharmonik Orchestra, Choir Workstation, SampleMoog, SampleTank, EW/QL Symphonic Orchestra, Colossus, Goliath, Symphonic Choirs, Orchestra Platinum Bundle, Voices Of Passion, Fab Four.
Estes instrumentos podem vir em forma de plug-ins VSTi, DXi ou RTAS para as estações de trabalho ou mesmo em versões avulsas. Alguns vêm com seus próprios sons, enquanto outros aceitam programações feitas pelos fabricantes e usuários, as chamadas bibliotecas ou livrarias. Várias dessas bibliotecas estão disponíveis na internet.
EDITORES DE PARTITURAS
Os mais usados são o Finale, o Sibelius e o Encore. O Finale é o mais completo, com instrumentos virtuais que permitem uma sonoridade muito real enquanto compomos ou escrevemos. O Encore é o mais simples em recursos e o mais fácil de usar.
Cada programa tem suas necessidades de hardware. É fundamental consultarmos os sites dos fabricantes e verificar as configurações recomendadas. Os links estão em www.homestudio.com.br/links .
*Professor-coordenador do Home Studio desde 1994; compositor, arranjador, produtor musical nas áreas fonográfica, publicitária, de multimídia, teatro, rádio, TV e vídeo; consultor de áudio, MIDI e home studio; baixista, violonista e tecladista.
Licenciado em música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) em 1993, onde lecionou, nos dois anos seguintes, no pioneiro curso de extensão universitária em Home Studio. Cursou também pedagogia na UFRJ e composição na UNIRIO. Estudou improvisação com Hélio Sena, harmonia e piano com Antonio Guerreiro, violão com Ricardo Ventura, percepção musical com Helder Parente, arranjo com Roberto Gnattali, sintetizadores com Alexandre Frias. Ensina música desde 1975.
A matéria orignal, com fotos de cada software, você pode ler aqui.
Fonte: homestudio.com.br
Programas para Produção Musical
por Sergio Izeckson*
A oferta de software para produção musical parece infinita, tantas são as freqüentes inovações. Entre gravadores, seqüenciadores, instrumentos e efeitos virtuais, editores de áudio, de partituras, de loops e aqueles que prometem fazer tudo, o usuário fica mesmo perdido na hora de selecionar o que usar. Vejamos um panorama dos programas no mercado agrupados em suas categorias para escolhermos, em cada uma, os mais adequados às nossas necessidades e possibilidades.
ESTAÇÕES DE TRABALHO
Base de qualquer sistema de gravação ou produção, também chamados de seqüenciadores de áudio e MIDI ou ainda de DAW (digital audio workstation), combinam gravação multipista de áudio, produção de arranjos com instrumentos eletrônicos ou virtuais através de MIDI, seqüenciamento de loops, diversos modos de edição, processamento de efeitos, mixagem, automação dos controles, masterização e conversão de arquivos. Cada programa tem sua vocação, ou uma ênfase maior em certos recursos, como gravação de bandas ou produção de música eletrônica. Uns serão mais úteis para compositores, outros para técnicos de gravação ou para DJs.
Cubase, da Steinberg. Gravador multipista, seqüenciador MIDI, mesa de mixagem, o Cubase tem muitos instrumentos virtuais e processadores de efeitos. Mais processadores e sintetizadores podem ser adicionados pelo usuário. Principais recursos: total integração do estúdio, edição gráfica de todos os parâmetros em tempo real, ferramentas de edição e de impressão de partituras.
Digital Performer, da MOTU. Seus recursos incluem gravação, edição, mixagem, processamento e masterização em qualquer formato de surround. Contém dezenas de plug-ins de alta qualidade. Suporta as interfaces de áudio da própria MOTU e o Pro Tools Mix e HD. Só roda em Mac.
Live, da Ableton. Favorito dos produtores de música eletrônica, é um seqüenciador de áudio que podemos tocar como se fosse um instrumento. Toca áudio de várias fontes distintas simultaneamente, ajustando o andamento em tempo real sem mudar a afinação, tudo perfeitamente sincronizado. Podemos tocar sons de sampler com o teclado, o mouse ou um instrumento controlador MIDI. Você pode arrastar arquivos de áudio e inseri-los na seqüência sem interromper a audição. Tudo o que se faz é gravado e pode ser editado mais tarde.
Logic, da Apple. Um dos mais antigos e completos sistemas de gravação e seqüenciamento de áudio e MIDI, renomado por seu tempo firme, sua flexibilidade e sua edição em tempo real. Com muitos plug-ins incluídos, só roda em computadores Macintosh.
Nuendo, da Steinberg. Inclui várias opções de hardware. O programa apresenta poderosos recursos de edição de áudio e vídeo, som surround, processamento e mixagem. São 200 canais de áudio simultâneos com diversas taxas de amostragem, suporte aos plug-ins VST e DirectX, diversos efeitos, compressão dinâmica e equalização, mixagem surround automática de todos os parâmetros, auto-fades e auto-crossfades.
Pro Tools, da Digidesign. Famoso gravador multipista com mixagem surround, recursos avançados de edição e seqüenciador MIDI. A versão HD processa simultaneamente muitos plug-ins TDM e RTAS com grande estabilidade graças ao seu hardware (poderosas placas aceleradoras) que, devido ao custo, não cabe no orçamento da maioria dos home studios brasileiros. Das versões mais populares, o Pro Tools LE se parece bastante com o HD, mas é limitado a 32 pistas de áudio e não utiliza os plug-ins TDM nem os recursos de processamento em hardware, dependendo bem mais do computador. Compatível com plug-ins RTAS, só funciona com as interfaces da Digidesign, como 003 e M-Box. Já o Pro Tools M-Powered é parecido com o LE, mas só roda nas placas da M-Audio.
Sonar, da Cakewalk. O mais popular conjunto de ferramentas avançadas para gravação, edição e mixagem de áudio digital, loops e arranjos MIDI, inclui mesa de mixagem estéreo e surround com automação de todos os recursos, infinitas pistas de áudio, edição gráfica de todos os parâmetros, diversos instrumentos e efeitos virtuais. Suporta driver ASIO, plug-ins VST e DirectX e roda em PC num grande número de placas e interfaces de som.
GRAVADORES MULTIPISTA
Sem seqüenciador MIDI e, em geral, nem mesa de mixagem, substituem as estações de trabalho com algumas limitações.
Acid Pro, da Sony (PC). Baseado em loops, permite ao usuário criar canções, remixar pistas, desenvolver arranjos, sonorizar vídeos e produzir música para websites e animações em Flash. O Acid é uma ferramenta revolucionária, intuitiva e fácil de usar. Usa ilimitadas pistas de áudio e sincroniza loops de diferentes andamentos em instantes.
Audition, da Adobe (PC). O antigo CoolEdit, um poderoso editor, muito querido em estúdios de gravação, emissoras de rádio comerciais e comunitárias, laboratórios de áudio em universidades e outros. Tem seqüenciador MIDI, aceita plug-ins VSTi, edição multipista, restauração e efeitos de áudio, composição musical baseada em loops, queima de CDs e outros.
Samplitude Professional, da Magix (PC). Suporta drivers ASIO, MME e WDM, os plug-ins DirectX e VST com compensação automática da latência. Suporta também instrumentos VST e tem alguns recursos de seqüenciamento MIDI. A mesa de mixagem tem fluxo de sinal variável e mixa em surround 5.1.
Saw Studio, da RML Labs (PC). Gravador multipista com mais de 10 anos no mercado de áudio para Windows, o Saw Studio toca até 72 pistas de 24 bits num Pentium 4 de 2.0 GHz, dependendo somente do HD utilizado.
Vegas, da Sony (PC). Uma opção de última geração para edição de vídeo, produção de áudio, composição e conversão de arquivos no PC, com sua interface intuitiva e ferramentas poderosas de produção de vídeo e áudio.
ESTÚDIO MIDI
Sem gravar áudio, o programa dispõe de todos os recursos de MIDI.
Reason, da Propellerhead (PC/Mac). Um estúdio virtual completo e poderoso, com samplers e sintetizadores, mesas de som, baterias eletrônicas, uma máquina de loops, efeitos e um seqüenciador MIDI que atua em tempo real. Não aceita plug-ins, mas interage totalmente com as estações de trabalho, como Pro Tools e Sonar, através do recurso ReWire. A aparência do programa é a de um estúdio analógico.
EDITORES DE ÁUDIO
São perfeitos para complementar as estações de trabalho.
Melodyne, da Celemony (PC/Mac). Analisa a afinação e o tempo de um arquivo de áudio e pode mudar seus parâmetros musicais sem influenciar o caráter da gravação original, permitindo mudar melodias e harmonias inteiras de uma maneira antes só possível em arquivos MIDI. O Melodyne extrai as freqüências da afinação e do ritmo e cria uma área onde toca o material do áudio. Qualquer modificação nesse material é interpretada pelo programa de uma maneira inteligente e o resultado soa sempre natural. Trabalhar com o Melodyne é tão fácil quanto editar notas num seqüenciador MIDI. Pode ser aberto como programa avulso ou como plug-in.
Max/MSP, da Cycling ’74 (Mac). Oferece cerca de 400 objetos que fazem tudo, de gravação multipista em hard disk a síntese granular e processamento no domínio espectral. Em adição ao conjunto de objetos para síntese, sampler, filtragem e análise, o Max/MSP oferece objetos de áudio na interface com o usuário para desenho e edição das formas de onda.
ReCycle, da Propellerhead (PC/Mac). Editor de loops de audio. Analisa um arquivo de áudio com um groove ou uma ‘levada’, dividindo-o em toques chamados slices (fatias) e cria um arquivo REX ou RX2 com uma seqüência MIDI baseada no ritmo da levada original e um banco de sons para sampler contendo os elementos de áudio a partir dos slices. Tocando o arquivo RX2 no módulo Dr. Rex do Reason, ou o arquivo MIDI no seqüenciador, disparando os sons num sampler, quantizamos os tempos, alteramos andamentos e afinações ou trocamos os sons.
Sound Forge, da Sony (PC). Contém um conjunto poderoso de processadores, ferramentas e efeitos para edição de áudio, gravação, restauração, processamento de efeitos e conversão de arquivos WAV, AIF, WMA, RM, AVI, MOV, MPEG, MP3, OGG e outros. Tem dezenas de efeitos e aceita plug-ins DirectX e VST. A edição e a operação em geral são bem facilitadas pela interface clara e familiar aos usuários de Windows.
WaveLab, da Steinberg (PC). O mais rápido dos programas de edição e masterização de áudio para Windows. Combinando editores fáceis de usar com uma rica coleção de recursos, tem poderosas ferramentas de edição e processadores de efeitos. Suporta samples, ASIO, WDM e vários formatos de áudio.
MASTERIZAÇÃO DE CDs
Esses programas, além de queimarem CDs, têm ferramentas para otimizar a qualidade do áudio de cada faixa.
CD Architect, da Sony (PC). Intuitivo e fácil de usar, aceita arquivos WAV, MP3 e outros. Com recursos como crossfade, envelopes, plug-ins VST e DirectX, queima de CDs red book, inserção de ISRC, é uma ferramenta bem simples e, ao mesmo tempo, completa para masterização profissional em home studios.
Spark, da TC Works (Mac). Ambiente de masterização e edição que suporta gravação e reprodução em até 32 bits e 192 kHz. Ele converte arquivos MP3 e suporta AIFF, SDII, WAV, ASIO, VST, MAS e Quick Time, além dos plug-ins TDM. O Spark inclui ferramentas de restauração, como DeNoiser e DeClicker e o conjunto de plug-ins Native Bundle Mastering. Podem ser usados plug-ins TDM e VST simultaneamente.
EFEITOS
Geralmente, os efeitos são plug-ins, acessórios dos programas citados acima. As coleções de efeitos mais usadas são as da Waves, da Steinberg e da Native Instruments. GuitarRig e Amplitube vêm substituindo muitas pedaleiras e amplificadores de guitarra. Autotune e Melodyne, corretores de afinação, também são muito usados. Outras marcas muito respeitadas de plug-ins de áudio são: Drumagog, Ampeg SVX, Classik Studio Reverb, T-RackS, DSP/FX, Sony e Focusrite Saffire. A lista é tão grande que merece outro artigo. A maioria dos modelos citados tem versões nas tecnologias VST, DirectX e RTAS.
INSTRUMENTOS
Novamente, uma lista extensa. Devido ao limite de espaço, citamos aqui os principais modelos, que serão analisados posteriormente em outro artigo: Adictive Drummer, EZDrummer, BFD, Stylus, Broomstick Bass, Trilogy, Majestic Bass, B4, Moog Modular, Tassman, FM8, Garritan Jazz Big Band, Akoustik Piano, Kontakt, Giga Studio, Atmosphere, Ivory, Reaktor, Massive, Absynth, Battery, Bandstand, Elektrik Piano, Synthetic Drums, Miroslav Philharmonik Orchestra, Choir Workstation, SampleMoog, SampleTank, EW/QL Symphonic Orchestra, Colossus, Goliath, Symphonic Choirs, Orchestra Platinum Bundle, Voices Of Passion, Fab Four.
Estes instrumentos podem vir em forma de plug-ins VSTi, DXi ou RTAS para as estações de trabalho ou mesmo em versões avulsas. Alguns vêm com seus próprios sons, enquanto outros aceitam programações feitas pelos fabricantes e usuários, as chamadas bibliotecas ou livrarias. Várias dessas bibliotecas estão disponíveis na internet.
EDITORES DE PARTITURAS
Os mais usados são o Finale, o Sibelius e o Encore. O Finale é o mais completo, com instrumentos virtuais que permitem uma sonoridade muito real enquanto compomos ou escrevemos. O Encore é o mais simples em recursos e o mais fácil de usar.
Cada programa tem suas necessidades de hardware. É fundamental consultarmos os sites dos fabricantes e verificar as configurações recomendadas. Os links estão em www.homestudio.com.br/links .
*Professor-coordenador do Home Studio desde 1994; compositor, arranjador, produtor musical nas áreas fonográfica, publicitária, de multimídia, teatro, rádio, TV e vídeo; consultor de áudio, MIDI e home studio; baixista, violonista e tecladista.
Licenciado em música pela UNIRIO (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) em 1993, onde lecionou, nos dois anos seguintes, no pioneiro curso de extensão universitária em Home Studio. Cursou também pedagogia na UFRJ e composição na UNIRIO. Estudou improvisação com Hélio Sena, harmonia e piano com Antonio Guerreiro, violão com Ricardo Ventura, percepção musical com Helder Parente, arranjo com Roberto Gnattali, sintetizadores com Alexandre Frias. Ensina música desde 1975.
A matéria orignal, com fotos de cada software, você pode ler aqui.
Fonte: homestudio.com.br
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