Após o show da banda Almah no festival que celebraria o "Dia do Metal Nacional", ocorrido no último fim de semana no Carioca Club, em São Paulo, o vocalista Edu Falaschi deu uma série de declarações polêmicas sobre a cena brasileira de heavy metal, com direito inclusive a ofensas para o público do estilo e certa arrogância com seus próprios fãs. Edu afirmou que a cena Metal brasileira está morrendo e o culpado disso seria o público.
Confira a fala de Edu no vídeo abaixo.
A repercussão das declarações de Edu foram imediatas - e como era de se esperar, não foram nada boas. Um debate sobre situação do Metal no Brasil se iniciou na internet em vários sites e todos os "envolvidos" procuraram se pronunciar de alguma forma.
O guitarrista Kiko Loureiro, colega de Edu no Angra, se pronunciou da seguinte forma via Twitter:
@KikoLoureiro "Discordo, ainda mais da forma que foi dita. Foi declaração dele e não do Angra. Por favor separem as coisas."
Daniel Júnior, do site Aliterasom, procurou rebater a fúria de Edu:
"Por incrível que pareça, porque um moleque de 20 anos vai sair de
casa e pagar 60 pilas (quando chega a isso) para assistir um show que em
sua maioria vai seguir o seguinte script?
- Som deplorável;
- Banda de abertura tocando no talo com o som deplorável;
- Confusão na entrada e na saída do show;
- Desorganização na venda de ingressos;
- Falta de dinheiro!"
O público, obviamente, não se manteve calado, e partiu para repudiar as declarações de Edu Falaschi e apoiar as réplicas de outros músicos de bandas de Metal, como Fernando Quesada (Shaman), que afirmou em comunicado oficial:
"(...) As pessoas ainda lotam os shows do Metallica, Iron, Bon Jovi,
porque são cativadas para irem e tem vontade de ir. Porque este não são
divulgados como mídia underground e ainda atingem um público maior, com
uma estrutura melhor, o que gera vontade e curiosidade! Então,
estamos com esse problema de cativação e organização do próprio meio
para gerar novos fãs e mais vontade das pessoas em acompanhar e seguir
tudo isso."
A discussão vai longe com certeza, mas, independente de quem está com a razão nessa história, não podemos negar que o primeiro Dia do Metal Nacional começou "com o pé esquerdo". Pior impossível!
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