Muita gente não sabe o que é; muita gente até trabalha com esta tecnologia, mas não sabe sobre o que se trata; algumas pessoas nem mesmo já ouviram falar... o fato é que o modo Rewire (em inglês significa "ligado junto") ainda é uma incógnita para muitos músicos e produtores - apesar de fazer parte do cotidiano de vários home studios ao redor do mundo há muito tempo. Mas agora chegou a hora de desmistificar este termo! Saiba o que é e como utilizar um programa no modo Rewire através do texto abaixo.
O que é Rewire?
Criado pela Propellerhead em parceria com a Steinberg, Rewire é um protocolo de software que permite o acesso remoto e a transferência de dados entre softwares digitais de edição audio ou outras aplicações semelhantes.
O que é Rewire?
Criado pela Propellerhead em parceria com a Steinberg, Rewire é um protocolo de software que permite o acesso remoto e a transferência de dados entre softwares digitais de edição audio ou outras aplicações semelhantes.
Desde que apareceu, em 1998, no Rebirth, tem sido envolvido praticamente em todos os produtos do ramo, sendo que, actualmente, é utilizado nas aplicações de audio, tanto em plataformas MAC, como em Windows.
O Rewire permite a transferência de 256 pistas de audio de resolução arbitrária, e de 4080 canais de dados MIDI, sendo exemplo de todo este potencial, a transferência directa para um editor, sem a utilização de ficheiros intermédios, ficheiros esses que, por norma, ocupam muito espaço, causando perdas de tempo desnecessárias.
Apesar de licenciado apenas para os proprietários e autores, este protocolo é gratuito e já vem incluído na maioria dos mais recentes programas de edição audio. Para quem está familiarizado com o conceito MIDI, o rewire funciona de forma semelhante, podendo, inclusive, incluir MIDI.
São vários os programas que suportam Rewire, contudo, existe sempre uma ordem na utilização do protocolo. Por exemplo, se utilizarmos dois dos programas de edição de audio mais conhecidos - o Reason e o Live -, podemos verificar em ambos, a existência permanente de um Host e um Slave e a distinção entre quem dá ordens e envia dados e quem recebe e cumpre essa mesma informação.
Neste caso, o Host vai ser o Live, por isso, antes de mais, devemos abrir o respectivo programa. Ao ser o primeiro, o protocolo vai, de forma automática, transformá-lo no Host. De seguida, abrimos o Reason. Neste momento, temos os dois programas em sintonia e, se, no Live, forem a uma pista audio do separados Audio from: e seleccionarem Ext in:, irão reparar que já aparece o Reason como possível Slave.
A partir daqui, as possibilidades são quase infindáveis e irão variar de pessoa para pessoa. Podem, por exemplo, gravar um som de uma máquina do Reason para o Live, misturar duas músicas em tempo real, dando ordens e controlando o Slave a partir do Host, etc.
Para muitos produtores e músicos, esta é uma ferramenta muito importante, porque cada programa tem um som característico que o diferencia, e, ao utilizar vários programas, a probabilidade de se conseguir algo diferente e completamente original é ainda maior. Por outro lado, democratiza os softwares e torna simples a transferência de informação entre eles. O exemplo dado é de Rewire com dois softwares, mas podem ser mais e, como foi dito antes, a ideia é cada um experimentar novas ligações, pois estes protocolos permitem isso mesmo.
Ficam aqui alguns exemplos dos mais conhecidos softwares da área e da sua condição em Rewire:
Pro Tools- sempre host
Logic - sempre host
Cubase - sempre host
Live- pode ser host ou slave
Reason - sempre slave
Arkaos VJ(de vídeo) - sempre slave
É muito importante mão esquecer, que um dos principais factores para o Rewire funcionar correctamente, é a ordem de abertura dos programas, primeiro o Host e depois o Slave. A partir daqui, é só darem largas à imaginação e vão ver que as músicas têm um som diferente...
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