por Fábio Henriques
A voz humana é o instrumento mais difícil e, ao mesmo tempo, mais interessante de se gravar. Ela apresenta uma faixa dinâmica enorme, e é o instrumento que todos nós mais ouvimos a vida toda. Qualquer um é capaz de julgar a veracidade e a autenticidade de uma interpretação, e, mais importante, se identificar com ela. É por isso que gravar voz é sempre um desafio.
Embora a escolha e o posicionamento do microfone sejam determinantes para um bom resultado, a técnica envolvida é relativamente simples. Porém, o ato de se conseguir uma boa performance requer muito mais que o microfone certo na posição certa. Assim, tomo a liberdade de não me limitar neste texto apenas à "técnica de microfonação", mas procuro expandir a abordagem para o jeito de conseguirmos obter o melhor resultado.
Mesmo ressaltando a importância de se experimentar a melhor opção de microfones, posso adiantar que, provavelmente, a escolha recairá sobre um modelo capacitivo (condenser). Esses microfones respondem muito rapidamente e são bem sensíveis aos harmônicos altos, sendo, por isto, muito precisos em captar as sutilezas do timbre de voz. Tudo bem que Lisa Stansfield gravou o primeiro disco em um Sennheiser 421, e que Paul Rodgers só canta no Shure SM57 (ambos dinâmicos), mas temos que convir que são casos esporádicos. Dentre as opções de microfones dinâmico, os de fita, que já vimos longamente aqui, podem ser uma opção interessante. Mas é preciso estar preparado para sua suavidade do extremo agudo.
Qual a melhor posição para se colocar o "duo" cantor e microfone na sala? Bem, no caso da voz, a gente sempre procura ter o mínimo de ambiência na captação. Quanto mais morto for o ambiente de gravação, melhor.
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