Os engenheiros de som Gary Gottlieb (Webster University), Ed Cherney, Mark Rubel, Elliot Scheiner e Al Schmitt (basicamente só figurões dos estúdios norte-americanos) falaram a dezenas de fãs e produtores de áudio na AES San Francisco em uma mesa redonda sobre mixagem e masterização.
Entre os assuntos debatidos pelos cinco engenheiros de mixagem foi o mercado de áudio no tempo nos iPods e fones de ouvido. Todos afirmaram que nunca receberam pedidos para que mixassem para formatos como mp3 ou aac, mas reconhecem que é assim que seus trabalhos são ouvidos atualmente. O que não quer dizer que por isso caprichem menos em suas mixagens. "Sou meu maior crítico. Faço música como eu gostaria de ouvir", disse Al Schmitt.
Quando questionados sobre como os novos engenheiros formarão sua percepção crítica em meio a tantas coisas gravadas e reproduzidas com pouca qualidade, os engenheiros disseram que é preciso confiar nos próprios ouvidos. "Ouvir criticamente não é apenas ouvir os discos que foram e estão sendo feitos. É ver concertos de música clássica. É confiar nos ouvidos - e isso inclui também a nossa cabeça, nosso gosto, nossas emoções", disse Mark Rubel.
Na mesa redonda com engenheiros de masterização, tanto a plateia quanto os palestrantes estavam interessados no mesmo tipo de problema. "Sim, estamos masterizando música que vai tocar no iPhone", disse Gavin Lurssen para Michael Romanowski completar: "Mas masterizar música para mp3 é como fazer filmes para que fiquem bons no iPhone e que talvez funcionem na tela grande também".
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