tradução: Mário Megatallica
Esta postagem é a tradução de um artigo do site audio.tutsplus.com, no qual seu autor reflete sobre o trabalho do Produtor Musical em estúdio, diferenciando-o do papel do engenheiro de som. Saiba Mais Sobre o papel do Produtor lendo o artigo abaixo.
O Papel do Produtor em Estúdio
por Joel Falconer
Quando você pergunta aos músicos qual é o papel do produtor, há uma grande confusão. Isso piora quando você pergunta para os próprios produtores, porque nem mesmo eles têm certeza ou têm idéias conflitantes.(...)
O produtor geralmente tem um engenheiro para auxiliá-lo; posicionar microfones, plugar e desplugar milhões de coisas em processadores, apertar o botão de 'gravar'. A relação entre o produtor e o engenheiro é como a de um general e um soldado. O produtor toma decisões estratégicas e guia o processo e o desenvolvimento de uma faixa, enquanto o engenheiro faz o trabalho ruidoso.
Se a banda não fez um arranjo, o trabalho do produtor deverá aumentar para incluir arranjos criativos no início do projeto. Muitas bandas não sabem onde por o que ou se algumas notas soarão bem ou não durante uma pausa. O produtor decidirá pela banda.
O produtor também precisa de orientar a sessão e garantir que ela seja produtiva. Ele decide o que deve ser gravado, em qual ordem e quando e arranjar um plano de ataque para cada sessão individual. ele pode querer que o vocalista comece fazendo "tomadas" do refrão ou fazer tomadas gerais da música toda seguidas por trechos individuais dos versos e do refrão.
Músicos podem ficar receosos ou inseguros durante uma sessão (principalmente os vocalistas) e o produtor se torna um amigo, confortando e acalmando o músico. Ele trabalha não só mostrando ao músico como obter sua melhor tomada mas como apoio emocional e precisa de desenvolver uma certa intimidade com os artistas para conseguir isso.
Desde o início do processo de gravação, o produtor é a voz da razão e um ponto de vista objetivo para a banda que está provavelmente muito próxima das músicas e não consegue ver suas falhas ou a perda de possibilidades de tornar a música melhor. Isso nem sempre é bem recebido, especialmente por bandas muito fechadas, mas com certeza é algo valioso de se ter. (...)
No fim do dia, o trabalho envolve muitas coisas, mas todas se voltam para uma única coisa: criar uma reprodução honesta, de alta fidelidade dos sons feitos dentro de uma sala e de uma música como um todo. Todas as outras responsabilidades, apesar de parecem distantes, contribuem para este papel e para esta missão primária.
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