A banda Killswitch Engage, referência do estilo Metalcore, lançou o álbum Atonement (2019) e deixou a turma do Thrash Metal bastante satisfeita!
Atonement (2019), do Killswitch Engage |
O álbum anterior, Incarnate (2016), não teve tanta repercussão e deixou os fãs da banda ansiosos por um sucessor à altura do excelente Disarm The Descent (2013), que trouxe de volta o vocalista original - Jesse Leach. No intervalo de tempo entre o álbum Incarnate e o lançado recentemente, o Killswitch Engage chegou a fazer um show com a participação do vocalista Howard Jones, substituto de Jesse Leach e que esteve com a banda por vários anos; e sem fazer muito alarde, o KSE aproveitou esse tempo para preparar um dos melhores álbuns da carreira desse quarteto de Massachusetts, EUA.
Eu acompanho o KSE desde o álbum The End of Heartache (2004) e desde então a banda não havia lançado um álbum tão pesado e agressivo quanto Atonement. Neste álbum é possível ouvir muitos dos elementos clássicos do estilo KSE (riffs acelerados e melódicos, passagens rítmicas com guitarras, baixo e bateria "colados", mudanças de andamento, vocais guturais nas estrofes e limpos no refrão, duetos de guitarra e breakdowns de quebrar o pescoço); alguns desses elementos (polirritmia com guitarras e bateria em compassos diferentes, melodias "oitavadas" e breakdowns) porém ficaram pelo caminho, não são mais utilizados com tanta frequência - mas estão lá, em alguns trechos de algumas músicas.
No entanto, um elemento em especial apareceu com força total neste álbum e fez toda a diferença no som da banda: o Thrash Metal. O KSE sempre mostrou, desde o início da carreira deles, que além do hardcore, o Thrash Metal era um dos elementos que moldavam o som da banda em Atonement não economizou nos riffs desse estilo; vários riffs de Thrash Metal são ouvidos em vários trechos de músicas diferentes ao longo do álbum, mas em três faixas especialmente eles se tornaram protagonistas: "The Signal Fire", "The Crownless King" e "Know Your Enemy". "The Signal Fire" tem um dueto vocal com a participação de ninguém menos que o ex-vocalista Howard Jones (que até hoje deixa saudade); The Crownless King conta com a participação especial de Chuck Billy, vocalista do Testament, uma das maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos, e "Know Your Enemy" mostra que o KSE também bebeu na fonte do Pantera, com riffs cheios de groove e peso que fazem sucesso com a turma do Thrash Metal desde os anos 90.
Vale ressaltar também uma certa influência da banda Trivium no formato de alguns arranjos, algo que pode-se considerar normal (já que as duas bandas são contemporâneas e fazem parte da mesma cena musical) e até esperado pois o Trivium atualmente faz um enorme sucesso com o público headbanger do mundo todo.
No entanto, um elemento em especial apareceu com força total neste álbum e fez toda a diferença no som da banda: o Thrash Metal. O KSE sempre mostrou, desde o início da carreira deles, que além do hardcore, o Thrash Metal era um dos elementos que moldavam o som da banda em Atonement não economizou nos riffs desse estilo; vários riffs de Thrash Metal são ouvidos em vários trechos de músicas diferentes ao longo do álbum, mas em três faixas especialmente eles se tornaram protagonistas: "The Signal Fire", "The Crownless King" e "Know Your Enemy". "The Signal Fire" tem um dueto vocal com a participação de ninguém menos que o ex-vocalista Howard Jones (que até hoje deixa saudade); The Crownless King conta com a participação especial de Chuck Billy, vocalista do Testament, uma das maiores bandas de Thrash Metal de todos os tempos, e "Know Your Enemy" mostra que o KSE também bebeu na fonte do Pantera, com riffs cheios de groove e peso que fazem sucesso com a turma do Thrash Metal desde os anos 90.
Vale ressaltar também uma certa influência da banda Trivium no formato de alguns arranjos, algo que pode-se considerar normal (já que as duas bandas são contemporâneas e fazem parte da mesma cena musical) e até esperado pois o Trivium atualmente faz um enorme sucesso com o público headbanger do mundo todo.
Atonement possui uma lista bem equilibrada de músicas, com várias delas sendo bastante rápidas e agressivas e com outras mais lentas, com aquele jeito tradicional do KSE de fazer baladas. São onze faixas e 39 minutos de muito peso, agressividade e melodias dramáticas que representam o legado do KSE para a comunidade do Metal mas que também apontam uma possível nova direção no som da banda - ou apenas uma volta às "raízes", pois as faixas "Self Revolution", "Take This Oath", "Breath Life", "Rose of Sharin" e "My Curse" provam que o Killswitch Engage sempre teve um pé no Thrash Metal.
Comentários