Especulação: Tidal e iTunes podem ser encerrados em 2018

Mais uma onda de especulações está abalando o mercado de audição musical via internet. Desta vez o tradicional iTunes e o novato Tidal estão no centro das especulações com fortes suspeitas de encerramento de seus respectivos serviços de streaming.




2017 foi o ano que testemunhou a falência do Microsoft Groove Music como serviço de streaming musical - e que viu de perto também o quase fechamento definitivo da Soundcloud (que só sobreviveu após receber uma bela doação de um investidor secreto). Pois agora, em pleno dezembro, surgiram especulações sobre o fim de mais dois serviços de audição musical via internet - e os personagens são o Tidal, administrado pelo artista Jay Z., e nada mais nada menos que o Apple iTunes, pioneiro deste tipo de serviço.

Os casos destes dois serviços, no entanto, parecem ser bem diferentes. O Tidal, pelo que pode ser conferido em reportagem do Canaltech, corre o risco de fechar porque não tem recursos financeiros para se manter - indício forte de que não teve muita adesão por parte dos assinantes de serviços de streaming. Com poucos clientes, as reservas atuais da empresa garantiriam apenas mais seis meses de funcionamento. Já o caso do pioneiro Apple iTunes, de acordo com outra reportagem do Canaltech, aponta que o motivo desta iniciativa seria um ajuste comercial da própria empresa que atualmente possui dois serviços de audição musical via internet (o outro é o Apple Music); neste caso, em vez de manter os dois, a Apple deverá manter o funcionamento de apenas um deles - logicamente será o mais rentável.

Spotify


Serviços de música vêm e vão e a realidade continua a mesma: ninguém cresce e se fortalece mais que o Spotify, que continua sendo o maior de todos os serviços de streaming de música. Foi para ele inclusive que a Microsoft migrou todos os assinantes do Groove Music Pass, fato que foi interpretado como reconhecimento de que o Spotify é o maior de todos no mercado de serviços de audição musical via internet.

No Brasil, o único que se consolidou como concorrente do Spotify foi o Deezer Music devido a uma estratégica parceria com a operadora de telefonia TIM, que vende a assinatura do Deezer com o nome de TIM Music. E pelo panorama que temos neste mercado, certamente o Deezer deve estar muito satisfeito em ocupar o segundo lugar absoluto na preferência dos assinantes brasileiros - condição que nenhum outro serviço de streaming consegue manter por muito tempo em nível mundial.

Enquanto isso, no Google...


Enquanto isso, no Google, a seção de música da Play Store continua intacta, indiferente a toda essa movimentação do mercado. Aqui no Brasil ainda não é comum ver pessoas assinando o Google Play Music mas certamente ele possui um número relevante de assinantes (pelo menos para a empresa). E enquanto os concorrentes tentam pelo menos permanecer vivos nesta disputa, o lendário Youtube, "pai de todos" os serviços de streaming de música, pretende lançar em 2018 uma novidade chamada Youtube Remix, que seria um serviço de streaming de música semelhante ao Spotify. De acordo com reportagem do TecnoBlog, o Remix deverá reunir funções de música e videoclipes, oferecendo ao assinante uma experiência muito parecida com o que já existe no Youtube Red, serviço pago que oferece acesso exclusivo a vídeos de grandes produtores de conteúdo e formadores de opinião famosos no Youtube.


Fim de festa


Pelo que se vê atualmente, o mercado de audição musical via internet está passando por um período de "seleção natural" de concorrentes onde somente os mais fortes financeiramente conseguem sobreviver e acredito que, se todas essas especulações se confirmarem, em poucos anos teremos um cenário onde somente Google, Apple e Spotify estarão vivos para contar a história dessa disputa; e entre eles, certamente a vantagem estará com o Spotify, que é o idealizador do formato deste serviço como o experimentamos hoje. Parece que a festa do streaming vai terminar para muitos dos aventureiros que apostaram alto nessa disputa.

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