Íkaro Stafford retorna à cena goiana com o Kamura

Depois de dez anos morando nos EUA dedicado a musica, Ikaro Stafford (vocal) chegou a realizar tours com bandas como (Body Count, Fear Factory, Lamb of God, Hatebreed, Daath, Brujeria, Staticx, Skinlab, Testament, Illnino, Madball e Ozzy Osbourne, etc...), onde também fez parte de um seleto grupo de brasileiros a tocar no OZZFEST. Lançou um CD nos EUA e na EUROPA, com a produção de BOB MARLET (Black Sabbath, Iommi, Shinedown, Illnino, Evanescence, Marilyn Manson). O CD do Ankla chegou a vender quase 65.000 copias. Já no Brasil Ikaro tinha decidido parar de tocar, até fazer uma pequena Jan Session com Pedro, Japao e o Fredox. A energia foi tão grande que já no primeiro dia escreveram duas músicas, que misturado com as influencias rock do Fredox, um lado mais hardcore do Marlos e a pegada forte de Pedro na batera, surgiu a banda KAMURA.

Banda Kamura:  (esq. p/ dir.) Marlos "Japão", Pedro Henrique, Íkaro Stafford e Fredox.

Os ensaios do Kamura ocorreram sempre de madrugada, para que nenhuma energia exterior atrapalhe na química dos quatro dentro do estúdio. A banda anda escrevendo musicas com influencia de rock dos Anos 70, muito metal e old school hard core e finalizando com uma pitada de grindcore.

Sem rótulos e sem pretensão traçada, o único intuito do KAMURA é fazer barulho para quem gosta de barulho. Palavras dos próprios integrantes "fazemos musica pesada para quem gosta de musica pesada e quem não gosta não tem problema just get out of my side".

E para falar mais sobre sua nova banda e sobre os projetos passados, o músico Íkaro Stafford conversou com o A&RR numa entrevista exclusiva que você confere logo abaixo:

Fale sobre a sua experiência como músico nos EUA.
Foi a maior experiência que já tive na vida, faria tudo de novo. Fora o aspecto musical, cresci como Homem. Todos os músicos que idolatrava tive aportunidade de conviver com eles. Aprendi muito sobre música, producção, palco. E o mais especial foi tocar por todos os lados, fazer de verdade uma tour, cheguei a ficar 8 meses fora de casa, emendando uma tour atrás de outra... locura, haha...

Como foi o seu retorno para Goiânia? Fale sobre o show do Punch no Goiânia Noise.
O retorno foi fenomenal, adoro Goiânia, esta cidade é especial para mim. O show do Punch foi um dos melhores shows da minha vida. Eu dediquei parte da minha vida ao Punch. Foi ótimo encontrar com vários amigos dos velhos tempos. E o show foi brutal.

Ikaro Stafford.
Você agora está iniciando um novo projeto com a criação da banda Kamura. Fale sobre esse reinício na cena goiana.
Na verdade depois do último show do Punch no Go Mosh eu falei para mim mesmo que seria meu último show. Tava afim de parar, já toquei demais na minha vida, já vivi de verdade isto, então estava afim de parar, mas depois de alguns convites do Pedro Henrique (batera do Punch) Marlos "Japão" (baixo) e Fredox (guitarra), fui a um ensaio e de cara fizemos duas músicas! Fiquei muito animado e a energuia dos três é fenomenal... muita, mas muita harmonia. O Pedro, Japão e o Fredox são foda, como pessoa e como músicos. Não rotulamos nada e não apontamos dedo um para o outro, isto me despertou a vontade de tocar de novo.

Apresente a banda Kamura e fale sobre seu estilo e suas influências.
O Fredox tem um estilo diferente, ele apresenta uma raiz mais rock clássico, já o Japão tem uma influência mais hardcore; o Pedro tem o Metal como base e eu finalmente estou podendo aplicar todas as influências que absorvi em anos e anos, que vão desde NY Hardcore, Death Metal, Grindcore. Sendo assim estamos podendo fazer algo especial.

Quais são os pontos diferenciais entre o Kamura e o Punch?
O Kamura é mais simples, bruto e direto ao ponto. E não tem nada de percussão.

O Kamura terá facilidade para se inserir no circuito underground atual? Quais as diferenças entre a cena de 10 anos atrás e a atual?
Ainda não estamos muito preocupados com shows. Estamos mais preocupados em fazer algo de qualidade. Mas acho que não teremos problemas em tocar nos festivais em Goiânia pois tanto eu quanto os meninos temos um bom relacionamento com todos os produtores. Mas na verdade eu não quero ficar "bitolado" a Goiânia.

Você acha que há possibilidades de extrapolar esse meio e chegar aos grandes festivais, assim como aconteceu com vc no Ankla quando tocou no Ozzy Fest?
Portas abertas eu tenho. Tudo vai depender da qualidade sonora da banda. Mas já se criou uma expectativa grande lá fora, então só o tempo dirá.

Existe o interesse em lançar um CD?
Sim. Daremos mais detalhes em breve.

Deixe uma mensagem para o leitor.
Antes de qualquer coisa, quero agradecer a você Mário, ao seu público e a todos as pessoas que realmente gostam e são fiéis à música pesada. KEEP METAL!!!

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